A batalha mais difícil de ser travada ocorre no teu mundo íntimo.
Ninguém a vê, a aplaude ou a censura.
É tua. Vitória, ou derrota, pertencerá a ti em silêncio.
Nenhuma ajuda exterior poderá contribuir para o teu sucesso, ou conjuntura alguma te levará ao fracasso.
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Os inimigos e os amigos residem na tua casa interior e tu os conheces.
Acompanham-te, desde há muito estás familiarizado com eles, mesmo quando te obstinas por ignorá-
los.
Eles te induzem a glórias e a quedas, aos atos heroicos e às fugas espetaculares, erguendo-te às estrelas ou atrelando-te ao carro das ilusões.
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São conduzidos, respectivamente, pelo teu Ego e pelo teu Eu.
O primeiro comanda as paixões dissolventes, gerando o reinado do egoísmo cego e pretensioso que alucina e envilece.
É herança do primarismo animal, a ser direcionado, pois que é o maior adversário do Eu.
Este é a tua individualidade cósmica, legatária do amor de Deus que te impele para as emoções do amor e da libertação.
Sol interno, é chama na fumaça do Ego, aguardando o momento de a dissipar, a fim de brilhar em plenitude.
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O Ego combate e tenta asfixiar o Eu.
O Eu é o excelente libertador do Ego.
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Sob disfarces, que são as suas estratégias de beligerância criminosa, o Ego mente, calunia, estimula a sensualidade, fomenta a ganância, gera o ódio, a inveja, trabalha pela insensatez.
Desnudado, o Eu ama, desculpa, renuncia, humilha-se e serve sem cessar.
Jamais barganha ou dissimula os seus propósitos superiores.
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O Ego ameaça a paz e se atulha com as coisas vãs, na busca instável da dominação injusta.
O Eu fomenta a harmonia e despoja-se dos haveres por saber que é senhor de si mesmo e não possuidor dos adornos destituídos de valor real.
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César cultivava o Ego e marchou para a sepultura sob as honrarias que ficaram à sua borda, prosseguindo
a sós conforme vivia.
Jesus desdobrou o Eu divino com que impregnou a Humanidade e, ao ser posto na cruz, despojado de tudo, prosseguiu, de braços abertos, afagando todos que ainda O buscam.
O Ego humano deve ceder o seu lugar ao Eu cósmico, fonte inesgotável de amor e de paz.
Não cesses de lutar, nem temas a refrega.
Joanna de Ângelis
(Do livro: Momentos de Meditação / psicografia de Divaldo P. Franco)
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